ASFIXIA
Denúncia do CMS de Parauapebas deflagra ação da PF.
Parauapebas,
Marabá, Xinguara e Belém: 5 prisões preventivas, 3 prisões temporárias, 9
conduções coercitivas e 35 mandados de busca e apreensão.
PF
combate fraudes de mais de R$ 30 milhões em licitações públicas em Marabá/PA
EXCLUSIVA: como cidadãos de Parauapebas nunca tínhamos
visto tantas visitas dos órgãos repressores a sede municipal. Uma gestão
caótica, com graves e grandes suspeições de desvios e toda ordem de consorciação
criminosa. Precisamos saber o que realmente esta acontecendo. É grave.
Marabá/PA
- A Polícia Federal deflagrou hoje (14/6) a Operação Asfixia, para desarticular
esquema criminoso de fraudes em licitações públicas de gases, operado por um
grupo de empresários e funcionários públicos, em Marabá/PA e Parauapebas/PA.
Estima-se que os investigados tenham desviado, em fraudes, mais de R$ 30
milhões.
Ao todo,
150 policiais federais, divididos em 37 equipes, cumpriram as determinações
judiciais, nas cidades de Belém/PA, Marabá/PA, Parauapebas/PA e Xinguara/PA. Foram
cumpridas 51 medidas judiciais: 5 prisões preventivas, 3 prisões temporárias, 9
conduções coercitivas e 35 mandados de busca e apreensões, em empresas,
cartórios, órgãos públicos e secretarias vinculadas às Prefeituras de
Marabá/PA, Parauapebas/PA e Xinguara/PA.
De acordo
com as investigações, os suspeitos faziam parte de um consórcio criminoso
composto por empresários e servidores públicos. O grupo foi formado para
fraudar licitações públicas de gases, nas cidades paraenses. Os investigados
fraudavam o caráter competitivo dos certames licitatórios, direcionando as
exigências do edital, de maneira a favorecer apenas uma das empresas
participantes do esquema criminoso. Após a vitória de uma delas, as
“perdedoras” eram subcontratadas pela empresa vencedora.
Nas
investigações, também foi detectado que o grupo possuía alto grau de influência
junto a órgãos e a servidores públicos federais, estaduais e municipais. Os
líderes e integrantes do consórcio criminoso faziam gestões junto a diversos
servidores públicos de entidades públicas.
Para o
sucesso das fraudes, os acusados praticaram vários crimes: corrupção de servidores
públicos, falsificação de documentos, fraude na vazão dos gases medicinais
destinados aos pacientes dos hospitais investigados. O último pode ter colocado
em risco de morte muitos usuários do Sistema Único de Saúde.
Ainda
descobriu-se que os indiciados criaram empresas de fachada, algumas registradas
em nome de “laranjas”, a fim de dificultar o rastreamento dos reais
proprietários. A quantidade de recursos públicos desviados foi tanta que, em um
parecer do Conselho Municipal de Saúde da cidade de Parauapebas/PA, esse chegou
a afirmar que a quantidade de gases contratada para seis meses daria para abastecer,
por um ano, a cidade de Goiânia/GO. Em três anos, os investigados faturaram
mais de R$ 30 milhões, por meio de fraudes em licitações.
Dentre os
bens apreendidos e perdidos pelos criminosos, há carros de luxo, aeronaves
(aviões e helicópteros), uma lancha avaliada em mais de R$ 700 Mil, além de uma
fazenda com uma pista de pouso para jatos executivos. O patrimônio foi
adquirido a partir do desvio de recursos públicos do Sistema Único de Saúde. A
PF também investiga crimes de estelionato, associação criminosa, corrupção
ativa e passiva, agiotagem, falsificação de documentos públicos, falsidade
ideológica, fraudes em procedimentos licitatórios, dentre outros. Se condenados,
os suspeitos podem pegar penas que ultrapassam 30 anos de prisão. Comunicação Social da Polícia Federal em Marabá/PA. Contato:
94 3321 4008.
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