quarta-feira, 12 de junho de 2013

A ERA DO URBANISMO ALGORÍTMICO





O texto é da revista Galileu e aproveitamos para demonstrar o quanto estamos atrasados em planejamento, execução e trabalho urbano. Parauapebas pode ser melhor. Temos projeto para toda a cidade, no conjunto habitação, transporte, segurança, lazer, saúde e educação. E crescimento. Mas somos locais, para o poder local NÃO SERVE. No projeto PARAUAPEBAS, A CIDADE VERDE, demonstramos para algumas pessoas, o que seria daqui, se este governo tivesse lucidez suficiente para compreender o mapa urbana como um todo: gente, historia, tecnologia. Este projeto sairá brevemente como material didático para cursos de demografia, urbanismo , sociologia e outros corretos, na forma de livro. Mas aqui tem que vir gente de fora, para primeiro aprender e depois fazer. E o tempo se esgotando. Somos  EXCLUSIVA. Somos on demand.

Algoritmos de big data previram a reeleição de Obama
Startup usa Big Data para analisar padrões de uma cidade e prever problemas estruturais - o resultado são apps que ajudam os cidadãos a evitar congestionamentos ou saber se terão lugar para sentar no metrô
por Luciana Galastri 

Rand e a equipe do Snips avaliam dados sobre Paris // Crédito: Divulgação
São 18h, você está em um ponto de ônibus e passa um veículo lotado de passageiros. Você precisa tomar uma decisão - embarcar e correr o risco de passar o trajeto inteiro disputando um espaço mínimo com seus companheiros de viagem ou esperar o próximo ônibus, acompanhado da incerteza de saber se ele irá chegar rapidamente ou não. Esse cenário, comum para muitos dependentes do transporte coletivo, pode se tornar uma coisa do passado graças a um novo conceito: o de urbanismo algorítmico.

Reunindo uma enorme quantidade de dados coletada por serviços da própria cidade (como a Secretaria de Transportes, no caso do exemplo anterior), seria possível refinar essas informações e convertê-las em previsões sobre o trânsito, crimes e consumo de energia. O resultado seria um app, disponível aos cidadãos e aos governos, que revelaria qual é a melhor rota, se o trânsito estará congestionado e quais áreas serão perigosas em quais horários. Quem propaga essa idéia é a startup Snips, que já realiza um trabalho similar em Paris. Na França, o primeiro app da empresa, focado no transporte público da capital e batizado de Tranquilien será lançado no dia 24 de junho para sistemas iOS com uma versão para Android saindo em Setembro.

De acordo com o co-fundador e CEO da Snips Rand Hindi, prever o ‘comportamento urbano’ é uma necessidade para cidades que estão crescendo e irão crescer ainda mais - até 2050, 70% da população mundial estará vivendo em grandes centros, o que significa 7 bilhões de pessoas (número aproximado da população mundial total de hoje). Mas essas cidades foram projetadas para abrigar até 10% desse contingente e oferecer qualidade de vida para o excedente é um desafio. “As pessoas se mudam, mas as cidades não, pelo menos não rápido o suficiente. Acreditamos nessa forma de controlar as cidades, no qual há feedback constante entre as pessoas e a administração, para suprir essa necessidade. Por exemplo, se pudermos prever para onde as pessoas precisarão ir amanhã, a prefeitura pode criar opções de transporte rapidamente”, conta Hindi, em entrevista para a GALILEU.

Ele explica que, ao contrário de análises feitas com dados coletados no passado, sua empresa usa Big Data para encontrar padrões que se repetem atualmente. Cruzando os motivos que causam a superlotação em metrôs, por exemplo, com a freqüência dos trens, informações sobre os seus destinos e sobre o perfil do passageiro, é possível fazer previsões exatas.

Atualmente, o Snips funciona com demandas de prefeituras e governos. Os clientes fornecem suas bases de dados que são combinadas com estatísticas públicas. Essa informação é transformada em um produto aberto (no caso de um app) para cidadãos, que podem inserir mais informações no banco de dados o tempo todo, ajudando o software a se atualizar. Por enquanto o foco principal é a mobilidade, mas Hindi conta que eles já estão trabalhando em formas de prever crimes, consumo de energia e produção de resíduos.

“O objetivo final é criar um modelo completo de uma cidade, com diferentes camadas interagindo, e, dessa forma, prever como elas se afetam mutuamente”, afirma Hindi. Isso significaria não apenas dar mais poder de ação para autoridades locais no caso de uma emergência, mas prever problemas e agir antes que eles aconteçam, monitorando a cidade como um todo.

O Snips está trabalhando em produtos voltados para Nova York e Londres , além de Paris. E, como a equipe de Hindi teve uma estadia recente no Brasil, passando por São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis, ele já adianta: o país apresenta muitos desafios como o trânsito e segurança que poderiam ser melhorados com o seu método. "Ficou claro que devemos abrir um escritório por aqui em breve", conclui. 

Monitorando cidades brasileiras

Por aqui, o mais próximo que temos da tecnologia do Snips é o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, que monitora a capital carioca 24h, buscando minimizar problemas como engarrafamentos, enchentes e outras ocorrências que possam atrapalhar ou até arriscar a vida dos cidadãos. De acordo com o Chefe Executivo do Centro de Operações da Prefeitura do Rio, Pedro Junqueira, são coletadas informações de diversas fontes - desde o Radar Meteorológico próprio da cidade quanto de oficiais nas ruas e dicas de cidadãos através das redes sociais.

Os dados são integrados através de um software específico desenvolvido pela prefeitura, o RioMídia. "Nele são apresentados, por exemplo, as ocorrências registradas e os nossos efetivos nas ruas, em uma mesma base. São mais de 100 camadas com informações apresentadas em forma de mapa (baseado no Google Earth), o que nos permite ter uma visão mais detalhada do que acontece na cidade", explica Junqueira.

Ainda não dá para entregar previsões para cidadãos através de apps, mas já é possível deixar equipes operacionais de prontidão no caso de uma grande movimentação no trânsito, ou analisar as informações meteorológicas (há 3 reuniões com meteorologistas por dia) para prever uma possível enchente. Em eventos como a Copa das Confederações ou a futura Copa do Mundo, o Centro deverá atuar para realizar preparações para o maior número de pessoas e turistas na cidade. "Todas as sedes da Copa do Mundo precisarão possuir, mesmo que temporariamente, um Centro Integrado de Operações para monitorar a movimentação do público e das delegações ", conta Junqueira.

Por dados mais acessíveis

Trabalhando com Big Data a equipe do Snips identificou uma grande dificuldade - o acesso a pesquisas e informações de instituições públicas. Apesar de dever serem abertos à população, nem sempre organizações públicas estão dispostas a distribuir esses dados, já que eles podem não ser favoráveis a sua administração. Ou então organizações privadas não entendem todo o potencial de suas pesquisas. Com isso em mente, foi lançada a iniciativa Freedata.io que confia no poder das redes sociais para reforçar a demanda por esse material.

Através do site um pesquisador pode solicitar apoio (através de retuítes) para solicitar informações - consumo de energia, estatísticas sobre o trânsito, ocorrência de doenças, as possibilidades são inúmeras. Quem também se interessa sobre os dados pode apoiá-lo e, depois, acessá-los também. Saiba mais aqui.
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sexta-feira, 10 de maio de 2013

RODANDO O PDCA - PORQUE NAO SE EXECUTA O ORÇAMENTO?

 




Tempo é capital raro

 

É lamentável estes primeiros cento e cinquenta dias de governo.  Em verdade, primeiros 180 dias de governo, contando desde o primeiro mês pos eleição, novembro 2012. Nossa recomendação, pelos problemas que seriam encontrados dos desmandos das gestões anteriores, deveria ter-se começado a trabalhar uma semana após os resultados da eleição estarem consolidados.O prefeito, Valmir da Integral ainda não se posicionou quanto ao futuro de Parauapebas e nem sinalizou quais serão suas ações para evitar o caos que se avizinha. A Câmara dos Vereadores esta aprisionada e sem rumos. Não adianta criticar Valmir, acusá-lo disso ou daquilo porque nesta cidade todos conhecem as ações do Valmir. Acontece que agora ele é o prefeito de Parauapebas, eleito com mais de 49 mil votos. É a chance histórica que ele tem para se redimir. É um sobrevivente. Sobreviveu as loucuras da VALE (certo que com nossa participação nos piores momentos). Sobreviveu e se reinventou após a separação. E vai sobreviver a este momento especial na sua vida, tem determinação e carisma. Entendo que todos temos que respeitar este cidadão. Acusações fúteis e outras ações não avançam, poder é poder. Atualmente administra uma conta de  um bilhão de reais, quinhentos milhões de dólares e crescendo. 
Numa cidade sem oposição e repleta de homens maus, apenas denuncias não resolvem. Trata-se de uma cidade industrial e já postamos aqui o que acontece com quem perde tempo apenas acusando ou denegrindo. Esta imensa população que incha nossa cidade e a faz cada dia mais violenta, não esta nem ai para política. A prova disso foi a sobrevivência da BEL por oito anos, seguidos de mais oito de DARCI LERMEN. Somados são dezesseis anos e no final, ficou o vácuo de poder e de personalidade com a prefeitura caindo no colo de Valmir. Praticamente todos que lhe deram este presente já foi traído ou tem alguma reclamação grave a fazer. E isto apenas nos primeiros noventa dias (ou 150 dias, depende do observador) dos 1460 dias do  primeiro mandato. Ou seja, se nem licitar este governo esta podendo, fica patente que seu tempo acabou. Temos que pensar agora é o que queremos para depois de Valmir. 

Não devemos perder tempo falando mal dele. Vamos pensar no após, não permitindo que novamente aconteça o vazio de poder e personalidade. Não se trata agora de esperar algo de quem não fez planejamento para após a eleição. Que não conhecia e nem faz esforços para melhorar seu compromisso com a sociedade.
Na verdade, fizemos este planejamento: PARAUAPEBAS, A CIDADE VERDE, com todas as diretrizes de execução, conforme já publicado neste blog. Resolvemos publicar o protocolo de transmissão de poder, norteando as ações da comissão de transição. Valmir da Integral poderia ter despachado no primeiro dia de governo, houve tempo para isto após a eleição. Como somos uma consultoria local, analisamos as passagens de Chico para Bel e de Bel para Darci. Levantamos todos os problemas deixados, a modernização da lei de responsabilidade fiscal e o principio da anualidade das leis. Preparamos tudo, em vã promessa de prestar serviços a cidade, mas não fomos ouvidos e nem sequer se negociou, após meses e meses de estudos e preparação do projeto. Local. Este protocolo tinha como principal objetivo a operacionalidade da nova gestão frente a dois requisitos legais: a lei orçamentária e a subseqüente dotação para 2013, feita pelo governo anterior. Armadilhas, princípios gerencias e administrativos, negociações e negociatas embutidas no orçamento poderiam travar a máquina pública. Levando em conta nosso conhecimento de quem foi eleito para gerir o orçamento, sabíamos de antemão que o exemplo seria a gestão da Integral. Podem observar que todos os escolhidos seguem o padrão Integral de serviços. Aliado ao adiamento ad infinitum para solucionar problemas, a trava do orçamento do governo anterior mais os empecilhos e rearranjo de poder, daria no que deu. Não se trata de falar depois, temos vários posts neste blog, alertando a sociedade e a equipe de transição. 

A cara desse governo: quem liderou a equipe de transição? Um advogado de Belém. Como foi a ação dessa comissão? Sentada numa sala. Recebendo informações filtradas pela esperta e experiente equipe do PT. Quem desse novo governo teve a humildade de procurar Odilon, Miquinha, Euzébio ou outro qualquer para verificar a possibilidade de ainda interferir  no orçamento 2013? Onde estava o prefeito ou sua equipe de frente? Ano passado, ainda era possível  ter-se trabalhado, ganhar uns dois anos extras de tempo, analisando o orçamento, o planejamento plurianual e as destinações urgentes de 2013. Aconselhamos, descrevemos os riscos no planejamento solicitado, citamos a leis e suas alterações, demonstramos pelo estatuto das cidades quais seriam os primeiros desafios da administração atual e nada.
Nada se moveu no paraíso da vitoria passageira e servil. Porque é apenas isto: política é a arte de  servir e a arte da passagem. Como num ritual, o tempo passa rápido. Quatro anos são quatro dias. Os desafios são tremendos para quem tem seu primeiro mandato. 
Lembro-me o primeiro ano do Governo Lula. Numa conversa informal com Valmir ele, rindo me perguntou pelo tal Lula, que não estava fazendo nada de novo, apenas repetindo FHC. Pedi a ele para esperar. Lula, como estadista de alto nível que era e é, estava desarmando as armadilhas de Fernando Henrique, deixadas para trás de propósito. É a política. Naquele primeiro ano  Lula não mudou nada. Cumpriu o orçamento, respeito os acordos e contratos, demonstrou ali  o que é servir a um projeto maior: respeitando acordos, promessas e a lei.
Quando o governo Valmir resolveu cortar gastos, todos foram apanhados de surpresa. A Integral sim, com um orçamento limitado, pode-se enxergar gastos com facilidade. Mas a máquina pública municipal, com sua complexidade administrativa, cortar gastos sem conhecer o orçamento, os acordos da gestão anterior e que pela lei, seguem, foi muito estranho. Louva-se a economia, mas como estamos vendo, estes cortes estão apenas atrapalhando a imagem desse governo. A sociedade civil não vai receber estes cortes de volta. Até agora foi cortado verba de convênios miseráveis, como o carnaval, as associações esportivas que deveriam ser orgulho de Parauapebas e feito algum investimento no sistema de água da cidade.  Ate entidades filantrópicas respeitáveis como APAE, SORRI Parauapebas estão e foram penalizadas pela inoperância ranzinza do “novo” governo municipal. Os canais por onde escorrem nossos recursos estão abertos, a vista de todos. Valmir precisa aprender como funciona a política e seus custos. 

A eleição ocorreu sem percalços e a equipe de Valmir sabia que ganhariam. Não se preparam para governar. A preocupação é que a cidade esta parando e quando o tranco do fazer chegar, a insatisfação estará maior, as negociações serão mais apertadas. O maior erro dessa gestão, é trazer um secretario de planejamento e sua equipe de fora. Não temos nada contra, absolutamente. Mas eles estão aprendendo ainda como fazer. Utilizam um capital de que não dispõe. O valoroso capital chamado tempo. Quando perceberem pode ser muito tarde. Já é muito tarde, não teremos as obras necessárias. Publicamos em recente os tempos estimados para se tirar uma simples escola do papel. O hospital municipal é o grande exemplo quando falamos que esta gestão não tem mais tempo. São oito anos de obras e ainda longe de utilização.
Parauapebas tem 25 anos. Há 25 anos cresce em media 18%. Não tem como administrar este crescimento, com os recursos, conhecimento e tempo que dispomos. Os políticos são vaidosos, mesmo sem saber vão fazendo de qualquer jeito. Aceitam conselhos apenas do seu grupo de confiança, não olham a cidade como moradores e sim como eleitos. Esta Parauapebas é apenas uma imensa favela. Tornou-se uma favela feia, desajeitada, sem esgoto, sem água, sem eletricidade, sem condições de saúde, higiene. É uma cidade suja e escura. É um problema da VALE. É um problema nosso e não assumimos. Este crescimento tremendo, apenas gera mais insegurança e miséria. 
Quando uma prefeitura distribui lotes, terrenos, doa casas, cesta básica, ela esta na verdade selecionando seus moradores. É fácil vir para Parauapebas, pode invadir terrenos, ocupar áreas de risco, ganhar um imóvel e depois vender. E entrar na fila de novo. Conhecemos pessoas que invadiram os terrenos da APPP e ainda ganharam lotes do governo municipal. E ainda tem casas em outros bairros. Esta população que chega todo dia, aumenta a pressão por serviços. Precisamos de políticas de curto, médio e longo prazo para Parauapebas.
Estudos recentes da Secretaria de Agricultura apontam para a manutenção do crescimento chinês da cidade: em 2020, teremos 700 mil habitantes. Hoje já somos 260 mil habitantes. E crescendo. Um governo que não age, apenas compromete o dia a dia de todos nos. Se houvesse oposição, se soubéssemos fazer política ou se a sociedade civil estivesse organizada, diante de todas estas pressões se poderia propor o impedimento de Valmir da Integral. Não somos esta sociedade e devemos deixar o homem acabar seu governo. Vai usar um capital que não tem, o tempo.
CAMARA DOS VEREADORES
Quanto a estes nobres senhores, é perda de tempo cobrar algo também. Tem seu próprio jogo, dão bem seu show e sabem cobrar por ele. Todos os desmandos dessa assembléia provêem do seu gordo orçamento e do custo exorbitante de seus membros. Estão imobilizados, porque estão gordos. Pela experiência o governo Valmir deveria se aproximar de desses vereadores, trazendo-os para seu lado, o assunto é a governabilidade. E não custa nada, mesmo se as negociações frustrarem o executivo. 
Os novos vereadores, pelo levar da carruagem nestes primeiros noventa dias, não serão reeleitos, se continuarem fazendo política de botequim. São imaturos e carregam a mesma ignorância e prepotência dos anteriores. Dificilmente aprenderão que o poder de cada um, esta limitado ao brilho dos outros. Não se destacam porque não tem uma luta especifica, apenas ambição de poder por poder. Não se comportam como moradores de Parauapebas. Sua retórica e posicionamentos é de quem não conhece as mazelas e possibilidades de Parauapebas. Tudo, executivo e legislativo, estão apenas de passagem, não vão alterar a paisagem. Nada mais importa nesta cidade de loucos e perdidos. Ninguém quer saber de uma solução social. As negociatas e o dinheiro público, não tem dono ou controle, cada um na sua vez.
Desde que publicamos este artigo, a situação deteriorou bastante. Aparentemente sem rumos, e duvidando cada vez mais que o planejamento consiga, por si, resolver a inanição do executivo, assistimos estarrecidos o silencio dos vereadores, da sociedade civil e das autoridades brasileiras quando aos acontecimentos de Parauapebas. Todos estão aguardando a providencia de alguns.
As greves, com as quais não concordamos, são em si, um indicativo da loucura política dessa cidade: os grevistas são agitadores do PT, que durante oito anos, não se preocuparam com a coisa publica e agora exigem de um governo algo que eles mesmo nunca ofereceram a cidade. 
Não é batendo em Valmir que vamos conseguir algo. Acontece que até aqui ele se fartou do prestigio dos que o apóiam. Utiliza capital político de terceiros, tais como Celia da Integral, vereadores  Charles, Odilon e outros, alem de empresários que não se manifestaram ainda sobre sua gestão. Acontece que a natureza é entrópica: gastando estes recursos, chegará o momento que vai prevalecer o equilíbrio e todos estarão perdidos. 
Neste momento, dentro do 5 mês de governo e a 7 meses pos eleito, o governo Valmir da Integral, encontra-se ilhado: o funcionalismo, manipulado pelo PT e revoltado com a perda do governo, justamente vendo brechas na gestão incompetente do executivo, articula com seus pilares deixados para trás: professores, funcionários da saúde. Reivindicam coisas incríveis, que nunca pediram: melhores condições de trabalho, melhor aparelhamento da maquina administrativa, melhores salários. Como se vê, tudo genérico demais. E como sempre, azar da população. Há uma clara e intensa tentativa de parar o governo de Valmir da Integral e ele parece não perceber.

Fizemos o planejamento de ações, incluído a auditoria das contas do PT e a denuncia. Por cálculos simples utilizando dados do Portal da Transparência, ficou em caixa 620 milhões, entre verbas extra-orçamentarias e outras receitas. Isto fora os fundos municipais, tipo meio-ambiente, saúde, educação. 

As hesitações de Valmir vão paralisar nossa cidade. Porisso pergunto aos vereadores, já que as massas não contam: qual é a posição da câmara?

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

LULU BERGANTIN!

Porque ainda não é a vez de Parauapebas...

 

 


Soa preocupante a mesmíssima atuação dos novos governantes de Parauapebas, em relação ao nosso futuro. Não houve ruptura, pelo menos até agora. Estamos torcendo pelo “beneficio da dúvida”. De repente Valmir da Integral tem e consegue impor todas as soluções que aguardamos. Mas de fato não é isto que estamos percebendo. Busca-se a mesma maneira de trabalhar, apostando no tempo. Quando deveria se apostar contra o tempo. Não temos quatro anos. Temos apenas dois anos para se transformar Parauapebas. Todas as grandes metas que acreditamos um governo coerente teria,  estão seriamente comprometidas. Façamos as contas: sistema de esgoto. Verba internacional, no mínimo quatro anos para captar, isto após o projeto estar pronto e todos os estudos de viabilidade e licenças ambientais conseguidas. Novo sistema viário de Parauapebas. Mínimo de seis anos para iniciar e concluir. Verba internacional. Prazo de licitação, dois anos. Apenas com os projetos, um ano. Mais dois a quatro  anos  para a captação das verbas e licitação. Entrega das obras, apenas Deus sabe. Duvidam: bastam olhar o novo hospital municipal. Há quantos anos estamos esperando por ele? E olha que a compra dos equipamentos, o treinamento e alocação do pessoal nem são imaginados ainda. E seu discorrer sobre a perda de tempo que estamos assistindo, a comunidade não vai acreditar em mim e falar que estou torcendo contra. Jamais. Valmir da Integral é cria da minha consultoria. Por mais de dez anos fui seu conselheiro e criamos juntos este projeto de prefeitura, esta no livro MANUFATURA, publicado em 2010 e a venda.
O que me surpreende é a moleza e a antiga  crença de que secretários podem fazer e administrar  tudo sozinhos. Não podem. O mandatário maior é o prefeito. Cabe a ele o macro planejamento ou o planejamento estratégico. É dele a capacidade e a delegação da execução orçamentária que pode ser considerado, quando bem feito o macro planejamento que estou falando.
 
 
 O ideal seria a assistência e ação de um conselho de administração, nos moldes das grandes corporações.  A orientação técnica relativas ao investimento, a prioridade de obras e a correta aplicação dos recursos existentes mais a credibilidade que um bom conselho traz, inclusive para captação de verbas do BNDES e AGENCIAS INTERNACIONAIS são fundamentais para a modernização e reconstrução da nossa cidade. a descrição da ação desse conselho esta no projeto PARAUAPEBAS, A CIDADE VERDE, solicitado a mim por JOVER e PESSOAL DA VALE e nunca assumido. Estamos preparando a publicação do livro homônimo com o projeto, ficará para as gerações futuras.
Este governo não é a ruptura que Parauapebas precisa. Não é porque não aproveitou os antigos vereadores para aprovar as alterações na lei municipal que viabilizariam  a transformação desta imensa favela  numa cidade.  Não é porque ingenuamente aceitou as contas e o orçamento de duas quadrilhas, que todos sabem saquearam a cidade por mais de dezesseis anos:  Bel Mesquita e Darci Lermen. Não é a ruptura porque não conhece de Planejamento  Estratégico, não tem planos de contingência e acredita ainda que, seus aliados,  de olho na Camara Estadual podem ajudar a transformar esta cidade.  Pelo caráter político da formação desse novo governo. Político sim, porque não aproveitou técnicos locais, devido a política. Não se coloca pessoal técnico em cargos estratégicos por causa da aceitação popular. Jamais. Os técnicos de alto nível geralmente são odiados pelas massas. Por exemplo, tirar Claudio Almeida de uma secretaria porque o povo o rejeita é de uma sandice cretina.  Claudio é um cidadão do bem e sabe trabalhar. Mas é altamente capacitado  politicamente e poderia fazer sombra a seus aliados... então ta, o governo de empresários, técnico, ainda não apresentou sua técnica de gestão. Esta relativamente imobilizado, por erros bestas e incoerentes com a ambição de seus pares. Técnicos alienígenas: porque santo de casa ou não faz milagres ou não freqüenta as rodinhas e os bolinhos de vagabundos atrelados ao poder, não servem ou poderiam ser questionáveis. Técnicos advindos de outra realidade, precisam aprender antes as regras do jogo, a historia, a sociologia, os costumes e tradições locais. Perderão um tempo que não se tem, aprendendo e seus projeto não vingarão. As rixas e o ciúme político farão que tudo fique apenas no papel.
Ou acham que Bel, Darci eram tão incapazes por não terem feito absolutamente nada para transformar Parauapebas? Num aviso, vejam só o que a Buriti e a Nova Carajás fizeram por todos estes políticos sem vergonha que cito: em três anos criaram uma nova cidade, uma nova favela, com aparência de cidade: asfalto sobre terra crua, sem um metro de esgoto sequer. Ganharam rios de dinheiro, dando uma repaginada na favela Parauapebas, apenas com loteamentos  sobre áreas de  proteção ambiental, desprezando todos os conceitos de urbanismo, as leis de uso e ocupação de solo urbana,os princípios legais da Lei 9514, Lei 6766 e inclusive,  rasgando o próprio código municipal. Não acrescentaram nada a planta urbana, apenas mais casas e mais dividas.





Não há rede de esgoto, não construíram uma escola sequer, não doaram um centavo para a saúde municipal. Estão saqueando a cidade. contribuindo apenas para que paguemos mais impostos sem o devido retorno. Coisas que a corrupção publica trazem para o futuro das cidades. Onde estavam o prefeito, seus secretários e vereadores? Todos ignoram a constituição, o código civil, as leis federais sobre ocupação urbana. Estas empresas deveriam ser chamadas para assumir suas responsabilidades agora. Ao menos, conforme propomos no macro-projeto PARAUAPEBAS, A CIDADE VERDE, que se tornem financiadores e concessionárias do sistema de esgoto de Parauapebas.

Finalizando, hoje temos um fato novo rondando os lares: quem antes batia ou criticava o PT, hoje tem telhado de vidro. Não há quase nada a fazer no curto prazo. Toda a transformação deve ser iniciada agora na forma de leis e projetos e planejamento e alocação dos recursos humanos e materiais. A edificação será no médio ou longo prazos, se quiserem construir realmente algo neste cidade. recursos e aval internacionais tem-se: basta acionar a MINERADORA VALE para berlinda desta campanha de transformações.
Voltando ao CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, que foi ignorado, seria o núcleo em torno do qual poder-se-ia concentrar as alterações no modus operandi da cidade: corrupção, ignorância, baixa administração, interesses pessoais e de amigos. Ao não assumir os trabalhos de forma profissional ainda em 2012, logo após o resultado das urnas, este governo perdeu seu primeiro ano de trabalho. Não se alterou as leis, não se estudou as possibilidades de negociação para as grandes obras e nem se definiu por quais começar. Não se auditou um centavo, não se preocupou com a possibilidade de retorno dessa montanha de recursos desviada para os cofres públicos. Não se enfrentou de vez  a raiz dos nossos graves problemas. Neste tímido  inicio de governo, tem-se a impressão que são  empresários pensando na prefeitura como em suas empresas. Que podem decidir tudo sozinhos, que tem completo conhecimento da maquina e que ainda serão eleitos deputados estaduais. Estão enganados, apenas o tempo demonstrará seu erro. Queremos e precisamos que este governo acerte, mas queremos atuar.
Talvez a única forma de nós locais, atuar neste governo, seja fazendo oposição inteligente e estratégica. O que nos, esta comunidade cansada de ser  iludida por promessas vãs podemos fazer, que tenha efeito a altura do nosso voto? Como impedir que as contas do antigo grupo sejam aprovadas por acordo de gabinete? Como impedir que este novo governo faça como os anteriores e pensem apenas  pensando em si?
O projeto TRANSPARENCIA PARAUAPEBAS, pode trazer novas luzes sobre a gestão da nossa cidade. Pode vigiar este governo e seus conchavos. O que posso afirmar é que as contas de todos estes empresários e suas ações administrativas, a frente dos seus negócios, não são tão próprios assim. Tem ladrão ai, tem lobo vestido de cordeiro. E um mandato não tem quatro anos. Tem quatro dias. Chico das Cortinas sabe muito bem o que estamos dizendo...

Para encerrar, que tal um hai kai?

PEBAS

Pebas, uma oração
Um canto, uma lágrima, um riso
Quem te deixou assim, fina moça
Quem te mutilou para sempre?
                                   Paulo Souza, in (LUA!) bookess editora