quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Gestores que não sabem ver



DIAMANTES SOB AS SOLAS DOS PÉS
SUCATEAR CIDADES











Temos notícias que 80% das cidades brasileiras, que declaram sua situação ao governo central estão quebradas. Não tivemos acesso aos dados contábeis que levam a essas declarações e nem temos histórico econômico das mesmas, mas é um número expressivo para se divulgar.

As cidades não cumpriram determinação da sumula 402 da casa da moeda que as determina contabilizar seu patrimônio tangível, na sua totalidade. Deixam excelentes recursos de fora de sua contabilidade e se apresentam como vilarejos medievais. Não avaliam seus recursos e sua capacidade de fazer caixa e gastam pessimamente os recursos vindos do governo central.

É lamentável e todas são na verdade muito ricas, depende da lente que as examina. A maior riqueza dessas cidades é sua população, seguida de seus recursos materiais e intelectuais. Desprezam seus recursos, os ignoram ou ainda e pior, não os conhece.
Viciadas que estão, na dependência de recursos, cada vez mais escassos, dos governos centrais, estados e federação.

As cidades brasileiras são muito ricas. Estão deitadas sobre potes de ouro e cegos pela velha política e pela corrupção, aliadas a covardia inerente as elites brasileiras que dominam a política e a direita ortodoxa e burra, que nega com veemência imensa parcela da população, não se atentam para soluções heterodoxas de alianças privadas, desregulamentações, praticas associativas e renovação de produção e inclusão social e econômica. Insistir nesse modelo que carregamos há séculos, definitivamente não dá mais.

Não entendemos porque é obrigação exclusiva das prefeituras fornecer água tratada, captação e tratamento de esgotos, vias públicas limpas e asfaltadas, iluminação pública e limpeza urbana. Isso é trabalho, o capital básico, principio que se assenta o capitalismo. Porque não transformamos esse dispêndio tremendo, principalmente quando de sua manutenção – custeio, em algo lucrativo para todos?

domingo, 6 de novembro de 2016

Porque as equipes de transição são fundamentais

TRANSIÇÃO!
Transição?
Vemos preocupados mais uma vez o grupo vencedor das eleições não se posicionar ou preparar para seus trabalhos frente a gestão do município em 2017. É assim todos os anos eleitorais. Sabemos de antemão como serão os próximos quatro anos. Ninguém nos ouve.












É desconfortável demais que como consultor e profundo conhecedor das variantes e variáveis que fazem de uma cidade sucesso ou fracasso, assistir a tranquilidade de como uma gestão vai para a cesta de lixo. E não está sendo diferente esse ano. Darci venceu as eleições e desperdiça como da outra vez, a limitadíssima vantagem obtida agora.

Essa gestão vencida quando nos contratou, já tinham perdido 720 dias, em apenas três meses. O momento não é de festejar ou descanso, é de trabalho. Muito trabalho.

Nunca tivemos numa situação dessas: desemprego estrutural, esgotamento da mina de ferro, preços baixos do minério, desanimo total, fim de um ciclo. A cidade precisa de criatividade e força de enfrentamento se quiser sobreviver. 

E num ambiente novo e hostil: Marabá com o derrocamento do Pedral do Lourenço, se tornando porto fluvial mais a implantação de duas siderúrgicas, duplicação da PA 155, saída para Goiás e já contando com estruturado polo de educação e seguindo. Canaã dos Carajás com o início de produção do S11D e exportações, construção da PA 151, ligando-a diretamente ao Tocantins e a construção de uma megacidade planejada em parceria com chineses, ambas sugando todas as possibilidades de Parauapebas, engessada há trinta anos a espera dos royalties da VALE.

O pior, é que não temos lideranças ou pessoas com força nas tripas necessárias para o enfrentamento. Vamos nos diluir, nos tornar líquidos ou melhor, já estamos em plena decadência e não temos um plano ou sonhos de nos manter.

É esse o cenário da transição ignorada e tardia. Valmir ficou quatro anos sem prestar contas, sem dar a mínima para a Câmara dos Vereadores. Soube apenas fustiga-los. Não vai arrumar a casa em noventa dias.


E não falei em saúde, transporte, educação, invasões, segurança.