terça-feira, 30 de outubro de 2018

Uma nova militancia, PT


PT se reúne em São Paulo para primeira avaliação após as eleições
Publicado em 30/10/2018 - 06:48
Por Agência Brasil Brasília









Dois dias depois do segundo turno das eleições em que o candidato à Presidência da República, Fernando Haddad (PT), foi derrotado, a Comissão Executiva Nacional do PT se reúne hoje (30) em São Paulo. Será a primeira reunião de avaliação após a vitória do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Nas redes sociais e no site do partido, a presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PR), eleita para a Câmara dos Deputados, reafirmou que é necessário “erguer a cabeça” e manter a luta.

“Uma derrota eleitoral não pode significar a derrota da Constituição e democracia brasileira”, disse Gleisi, em vídeo gravado após a divulgação do resultado oficial no último dia 28. “[´Temos de] erguer a cabeça e lutar porque essa é a nossa trincheira.”
A assessoria do PT confirmou que Gleisi Hoffmann concederá entrevista coletiva às 14h30.

Nas redes sociais ontem (29), Haddad disse que estava à disposição do país e pediu que as pessoas não tenham medo. “Eu coloco a minha vida à disposição deste país. Não tenham medo, nós estaremos aqui. Nós estamos juntos. Nós estaremos de mãos dadas com vocês”, disse. “Coragem, a vida é feita de coragem.”

Horas antes, o candidato do PT felicitou o adversário. “Presidente Jair Bolsonaro, desejo-lhe sucesso. Nosso país merece o melhor. Escrevo essa mensagem hoje [ontem], de coração leve, com sinceridade, para que ela estimule o melhor de todos nós. Boa sorte.”

Em entrevista à Rede Record nessa segunda-feira, Bolsonaro se disse disposto a dialogar com os candidatos derrotados nas últimas eleições.

Edição: Renata Giraldi e Graça Adjuto

sábado, 6 de outubro de 2018

Pais em contraste

Forças Armadas têm atuação ampliada nas eleições deste ano

Publicado em 06/10/2018 - 13:45
Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil Brasília





O total de cidades com atuação das Forças Armadas para manter a segurança na votação passou de 325 nas últimas eleições de 2014 para 513 este ano, segundo o Ministério da Defesa.

Apesar do aumento, o ministério não acredita em mais violência. "Nada indica que tenha hoje (6), lógico que podem haver fatos pontuais, mas nada indica que tenha problema nas áreas que estamos preparados para atuar", disse o Subchefe de Operações, vice-almirante Newton de Almeida Costa Neto.

Segundo o último balanço, divulgado ontem (5), as cidades que receberão o apoio das Forças Armadas estão em 11 estados: Acre (11 municípios); Maranhão (72); Piauí (134); Rio de Janeiro (69); Amazonas (27); Mato Grosso (19); Mato Grosso do Sul (4); Pará (61); Rio Grande do Norte (97); Tocantins (14) e Ceará (5).   

A chamada Garantia da Votação e Apuração (GVA) é uma atividade militar semelhante às missões de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). No entanto, a GVA é utilizada para manter a normalidade da segurança pública nos locais de votação e apuração durante o pleito eleitoral nas localidades onde o TSE requisitar.

Os locais que pediram apoio na segurança também aumentaram em relação às últimas eleições, municipais, em 2016, quando 467 municípios receberam a ajuda.

Segurança
Apesar do aumento nos municípios em relação às últimas eleições gerais, a expansão no número de militares que atuarão "não é tão significativa", na avaliação de Costa Neto.  
  
Há quatro anos, 21,5 mil homens atuaram tanto na logística quanto para garantir a segurança pública nos locais de votação e apuração. Em 2018, estão confirmados 24 mil. Esse número pode crescer até amanhã, domingo. A previsão do Ministério da Defesa é que pode chegar a 26,5 mil.

"Áreas de inteligência estão operando no sentido de identificar qualquer possibilidade de movimento organizado que atue para que haja dificuldade na votação. Até o momento, não temos nenhuma informação a respeito disso", disse.

E acrescentou: "Ações que podem ocorrer seriam pontuais. Não há um movimento que a gente possa dizer que é preocupante ou que tenha que mobilizar mais gente por conta disso", disse o vice-almirante Newton de Almeida Costa Neto.

O Rio de Janeiro, sob intervenção federal, não preocupa em termos de logística, disse.
"O Rio de Janeiro está sob intervenção, o que facilita demasiadamente. Já estamos com tropas das Forças Armadas e forças de segurança integradas durante o ano no local. As áreas mais críticas tiveram forte ação das forças de intervenção", explicou.
O militar destaca o Nordeste como uma região com altos índices de violência, especialmente no Rio Grande do Norte, Piauí e Ceará. Pela primeira vez, Fortaleza e  Sobral, no Ceará, pediram apoio das Forças Armadas. 
      
Neto garante, no entanto, que não há risco às eleições. "Forças Armadas e [as forças] de segurança estão nos locais e fazem segurança em relação ao pleito. Não temos indicativo de que haja interferência de organizações criminosas", argumentou.

Comunidades isoladas
As Forças Armadas trabalham ainda para levar urnas de votação para aldeias indígenas, comunidades ribeirinhas e quilombolas e outras comunidades isoladas. Ao todo, até o último balanço, foram feitas solicitações de apoio logístico para 91 localidades, em cinco estados: Acre, Amazônia, Amapá, Mato Grosso do Sul, Roraima.

O auxílio das Forças Armadas no apoio logístico é feito para o transporte de pessoal da Justiça Eleitoral e de urnas. Os militares desempenham essa tarefa acompanhados de servidores da própria Justiça Eleitoral. "Há locais que o acesso é impossível por meio comercial. Deslocamos helicópteros, lanchas, embarcações, para garantir [a votação] em locais isolados", disse Neto. Segundo ele, o transporte deve ser concluído até a próxima madrugada. 

Solicitações
As solicitações de apoio das Forças Armadas, quer seja para GVA ou no transporte de pessoal e urnas, são formuladas pelos Tribunais Regionais Eleitorais ao TSE. 
Segundo o Ministério da Defesa, a GVA é uma atividade militar semelhante às missões de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). No entanto, a GVA é utilizada especificamente para manter a normalidade da segurança pública nos locais de votação e apuração, durante o pleito eleitoral, nas localidades onde o TSE requisitar.

Após a análise e deliberação do TSE, as demandas são repassadas ao Ministério da Defesa, responsável pelo planejamento e execução das ações empreendidas pelas Forças Armadas. Por sua vez, o ministério encaminha as requisições aos Comandos Operacionais ativados para este fim - unidades militares responsáveis por providenciar o atendimento. Até o momento, mais de 24 mil militares fazem parte das Forças Componentes da missão nas áreas autorizadas pelo TSE. Estão sendo empregadas 31 aeronaves, 2.280 viaturas e 146 embarcações.

Edição: Kleber Sampaio