Câmara deve
iniciar na 3ªfeira discussão sobre reforma da Previdência
Publicado em 07/07/2019 - 11:44
Por Ana
Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil Brasília
A semana
na Câmara dos Deputados vai começar com a expectativa de o plenário iniciar a
discussão sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 6/19) da reforma da
Previdência nesta terça-feira (9).
Para Rodrigo Maia, texto da reforma da Previdência
poderá ser votado em dois turnos na Câmara antes do recesso parlamentar, que
começa dia 18 - Marcelo Camargo/Arquivo/Agência Brasil
O parecer
do relator Samuel Moreira (PSDB-SP) na comissão especial que tratou do tema foi
aprovado na quinta-feira (4), e os destaques ao texto-base terminaram de ser
apreciados pelos integrantes do colegiado na madrugada de sexta-feira (5).
Para o
texto começar a ser debatido no plenário, o regimento da Câmara estabelece um
prazo de duas sessões após a conclusão da votação na comissão especial.
Maia
avalia que já tem votos necessários para aprovar a reforma no plenário. A
expectativa do parlamentar é que a medida seja aprovada por pouco mais de 325
deputados.
Com a
aprovação na comissão especial, a proposta seguiu para o plenário da Câmara.
Por se tratar de uma PEC, o texto precisa ser aprovado por três quintos dos
deputados, o correspondente a 308 votos favoráveis, em dois turnos de votação.
Aprovada
pelos deputados, a matéria segue para apreciação do Senado, onde também deve
ser apreciada em dois turnos e depende da aprovação de, pelo menos, 49 em um
universo de 81 senadores.
Destaques
Após 16
horas de debates, a comissão especial concluiu,
na madrugada da sexta-feira (5), a votação dos destaques com sugestões de
mudanças no relatório.
Foram
derrubados, em bloco, 99 destaques individuais e analisados, um a um, 17
destaques de bancadas – a maioria rejeitada.
Apenas
dois destaques foram aprovados. Um deles, do bloco PP, PTB e MDB, retirou dois
temas do relatório. O primeiro é a limitação para renegociação de dívidas junto
ao estado em até 60 meses. Atualmente, os programas não têm limitação de prazo.
O segundo
ponto excluído do parecer trata da cobrança de contribuições previdenciárias
sobre a exportação do agronegócio. Com essa renúncia fiscal, o governo projeta
uma redução da economia prevista com a reforma em R$ 83 bilhões nos próximos
dez anos.
O outro
destaque aprovado, do DEM, retira policiais militares e bombeiros do texto da
PEC.
Os
deputados aprovaram, por unanimidade, a retirada da aplicação a policiais
militares e bombeiros das regras de transferência para inatividade e pensão por
morte dos integrantes das Forças Armadas, até que uma lei complementar local
defina essas regras.
O texto
exclui ainda a possibilidade de que lei estadual estabeleça alíquota e base de
cálculo de contribuição previdenciária para policiais e bombeiros militares.
Agentes de segurança e
professores
A comissão
especial rejeitou mudanças nas regras de aposentadoria para policiais que
servem à União. Pelo texto aprovado na comissão especial, policiais federais e
legislativos se aposentarão aos 55 anos de idade, com 30 anos de contribuição e
25 anos de exercício efetivo na carreira, independentemente de distinção de
sexo.
Por 30
votos a 18, a comissão rejeitou mudança nas regras de aposentadoria de
professores. O destaque buscava manter as atuais regras de aposentadoria para
professores, com 25 anos de contribuição para mulheres e 30 anos para homens,
sem exigência de idade mínima.
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Edição: Kleber Sampaio
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