DIAMANTES SOB AS SOLAS DOS PÉS
SUCATEAR CIDADES
Temos
notícias que 80% das cidades brasileiras, que declaram sua situação ao governo
central estão quebradas. Não tivemos acesso aos dados contábeis que levam a
essas declarações e nem temos histórico econômico das mesmas, mas é um número
expressivo para se divulgar.
As
cidades não cumpriram determinação da sumula 402 da casa da moeda que as
determina contabilizar seu patrimônio tangível, na sua totalidade. Deixam
excelentes recursos de fora de sua contabilidade e se apresentam como vilarejos
medievais. Não avaliam seus recursos e sua capacidade de fazer caixa e gastam
pessimamente os recursos vindos do governo central.
É
lamentável e todas são na verdade muito ricas, depende da lente que as examina.
A maior riqueza dessas cidades é sua população, seguida de seus recursos
materiais e intelectuais. Desprezam seus recursos, os ignoram ou ainda e pior,
não os conhece.
Viciadas
que estão, na dependência de recursos, cada vez mais escassos, dos governos
centrais, estados e federação.
As
cidades brasileiras são muito ricas. Estão deitadas sobre potes de ouro e cegos
pela velha política e pela corrupção, aliadas a covardia inerente as elites
brasileiras que dominam a política e a direita ortodoxa e burra, que nega com
veemência imensa parcela da população, não se atentam para soluções heterodoxas
de alianças privadas, desregulamentações, praticas associativas e renovação de
produção e inclusão social e econômica. Insistir nesse modelo que carregamos há
séculos, definitivamente não dá mais.
Não
entendemos porque é obrigação exclusiva das prefeituras fornecer água tratada,
captação e tratamento de esgotos, vias públicas limpas e asfaltadas, iluminação
pública e limpeza urbana. Isso é trabalho, o capital básico, principio que se
assenta o capitalismo. Porque não transformamos esse dispêndio tremendo,
principalmente quando de sua manutenção – custeio, em algo lucrativo para
todos?