A FALTA D’ÁGUA
Parauapebas viveu o sonho da água
A
incompetência é uma variante da vaidade, podem acreditar. Ou da ignorância,
como vemos recorrentes vezes numa cidade que tem tudo para desabrochar e não segue em frente. Recorrentes
situações nos levam teimosamente para o passado, o passado, o passado.
Quem
autorizou o repasse de um órgão importante como o SAAEP para as mãos de pessoas
que declaradamente não entendem nada, mas nada mesmo de gestão de águas? Águas
e nunca de esgoto, porque Parauapebas, a cidade mais rica do Pará, não tem rede de esgoto. A cidade campeã
de loteamentos não teve a capacidade de exigir o esgotamentos sanitário das outrora
poderosas Buriti e Nova Carajás.
Reincidência?
E
o problema da água e esgoto de Parauapebas é milionário. Precisa de grana e
capacidade de gestão. Como um governo excludente e raivoso pode incluir os que
querem ajudar a cidade? Não acredito
mais em solução. A gestão do Gesmar avançou sim, temos dois livros publicados
sobre seu trabalho, onde mostramos os avanços, a preocupação com a gestão, a
tentativa freada de renovação do órgão. Foi um momento em que as pessoas
sonharam com uma possibilidade.
Agora
vemos novamente o engessamento do SAAEP. Lamentamos.
Não
sei se esses vereadores tem alguma noção do que seria a alienação gerencial do
SAAEP. Não sei se hoje teríamos interessados com capacidade financeira para tal
empreitada. Mas defendemos os estudos técnicos para avaliar a capacidade de
geração de caixa da entidade. Fizemos esse estudo em 2013 e temos plano de
trabalho para tirar a entidade do fosso que cada dia desce mais fundo. Mas não
somos governo. Aliás estamos surpresos com tanto apego ao passado desse novo
governo. É realmente lamentável.
As
tentativas do prefeito são louváveis e ele precisa mostrar a que veio. Não
temos um macroplanejamento de ações e iniciativas, o planejamento tem que ser
ágil o bastante para não ficar fazendo retratos ou pirações futuras, a ação acontece aqui, plantada lá
atrás.